terça-feira, 25 de novembro de 2014

Draco Dormiens: Capítulo III - Narcisa Malfoy



Capítulo III - Narcisa Malfoy


— ... E sobre Harry Potter.
Harry deixou cair a espada que ele segurava, e ela caiu no chão fazendo um barulho enorme, o que fez Lúcio e Macnair olharem para ele. Lúcio fechou a cara.
— Sim, Draco? Você tem algo mais a dizer?
Com esforço, Harry forçou a si mesmo a falar:
— O que que tem Harry Potter?
Lúcio olhou para ele severamente.
— Draco — ele disse a Macnair. —, fala sobre o jovem Harry toda hora. Não é, garoto?
Essa informação não melhorou o estado de Harry.
— E-eu tenho de jogar Quadribol com ele! — gaguejou Harry.
— Onde, se eu me lembro bem — disse Lúcio. — Ele te venceu todas as vezes!
Harry não pôde conter um largo sorriso.
— Sim, ele me venceu todas as vezes! — Harry disse.
Lúcio e Macnair olharam fixamente para ele; finalmente, para o alívio de Harry, o pai de Draco virou-se para seu amigo:
— Você disse que tinha notícias para mim, Macnair! — ele disse. — Por favor, não me diga que é outro plano idiota de matar o garoto Potter.
Macnair bateu o pé no chão.
- É um ótimo plano dessa vez, Lúcio! _ Manair falou - É um plano realmente astucioso e cheio de maldade!
— Não me diga! — rosnou Lúcio. — Você disse a mesma coisa sobre o plano de matar Harry enviando-lhe um presente de aniversário envenenado para a casa de seus parentes, quando, eu devo lembrá-lo, ele é protegido pelo Feitiço Familium de Dumbledore. Tudo o que aconteceu foi que seu primo, Duda, comeu o chocolate e vomitou tudo na janela nos Death Eaters que foram buscar o corpo de Harry. Também teve aquela vez que Nott tentou entrar em Hogwarts e capturar o garoto, e foi decapitado pelo Salgueiro Lutador. E quando Zabini tentou enviar ao garoto uma vassoura explosiva, Dumbledore a interceptou e enviou-a de volta num pacote diferente. Tiveram que enterrar Zabini numa caixa de fósforos! — gritou Lúcio, fazendo movimentos enfáticos com sua espada. — Mais Death Eaters foram mortos tentando executar planos idiotas para matar Harry Potter do que por guerreiros do Ministério da Magia!
Harry ficou pasmo. Ele não tinha idéia. Pensando bem, ele pensou ter ouvido gritos de horror no jardim da frente, aquela vez que Duda passou mal na janela, mas ele pensou que fosse a vizinha barulhenta, a senhora Figg.
— Por favor, Lúcio! — ganiu Macnair. — Escute-me!
Lúcio cruzou seus braços sobre seu peito.
— Você tem 5 minutos!
— É verdade que o garoto está protegido enquanto está sob os cuidados da família — disse Macnair apressadamente. - E é verdade que ele está protegido em Hogwarts. Nós já tentamos tirá-lo do castelo, lembra aquela vez que lhe enviamos aqueles ingressos para os Knicks? Mas Dumbledore nunca deixou-o ir!
— E isso — disse Lúcio. — Nunca vai mudar!
— Não! — disse Macnair. — Nós sabemos disso. E nunca pensamos em raptar alguém íntimo ao garoto, assim ele teria de deixar o castelo para resgatá-lo, mas quase todo mundo querido para o garoto está em Hogwarts. Ele detesta sua família trouxa, e os Weasley estão protegidos por feitiços poderosos.
Lúcio estava entediado.
— Mas… — disse Mcnair apressadamente. — Isso mudou. Temos alguém, agora. Alguém que o garoto fará qualquer coisa para proteger.
O estômago de Harry apertou-se de pavor. Macnair estava sorrindo, o mesmo sorriso desagradável que ele sorriu quando ele foi a Hogwarts para executar o hipogrifo de estimação de Hagrid.
— Sirius Black! — ele disse.
♥♠♣♦
Draco achou seu caminho da Ala Hospitalar de volta para a Torre da Grifinória.
— Estrondo! — ele disse vagarosamente à Mulher Gorda, e entrou na passagem.
Fora de hábito, ele andou até a lareira e sentou-se perto de Hermione, que estava muito bonita em vestes cor-de-rosa, e de Ron, que estava lendo um volume assustadoramente grosso, chamado A arte das Guerras Trouxas.
— O pai de Draco veio e levou-o de volta à Mansão Malfoy — disse Draco rispidamente.
— Levou-o aonde? — Ron perguntou, baixando seu livro.
— À Mansão Malfoy. É onde eles moram.
— Esplêndido! — disse Ron, voltando à leitura. — Com um pouco de sorte, eles nunca mais o trarão de volta!
Draco fez um som de como se ele estivesse engasgando-se. Hermione olhou para ele preocupada.
— Harry — ela disse suavemente. —, não é sua culpa, você só bateu nele porque ele te bateu primeiro!
Draco não respondeu. Sua mente estava cheia de imagens de seu pai olhando para ele. Se Harry não fingisse ser Draco, se ele reassumisse sua aparência habitual, se Lúcio Malfoy de algum jeito descobrisse que o garoto que ele trouxe para casa não era o seu filho, mas sim o famoso inimigo de Lorde Voldemort, ele mataria Harry. Disso, Draco não tinha dúvidas. O que seu pai tinha falado que Voldemort tinha dito?
Quem quer que seja que trouxer para mim o corpo morto do garoto Harry Potter, estará acima de todos os Death Eaters!
A voz de Ron quebrou sua linha de pensamento.
- Esse negócio de Guerra dos Trouxas é muito interessante!_ ele disse - Estou pensando será que há alguma chance de o governo jogar uma... sei lá como se chama... bomba nuclear na Mansão Malfoy?
Draco se levantou.
— Eu preciso subir! — ele disse e subiu correndo as escadas para o dormitório dos garotos.
Ele ouviu passos atrás dele, virou-se e viu Hermione, cujos olhos estavam cheios de alerta.
— Harry! — ela chamou. — Harry, por favor, me espere!
Draco parou e esperou Hermione aproximar-se.
— Harry — ela disse. — Você está tão aborrecido... o que está te incomodando? Não pode ser Malfoy.
Draco só ficou olhando para ela. Todas as suas emoções pareciam se enrolar dentro de seu estômago: a tensão de ser Harry Potter durante dois dias seguidos, raiva, choque, dor, e agora terror, terror da coisa horrível que podia estar acontecendo a Harry a qualquer momento, nesse momento, o que seria pura e completamente culpa de Draco quando acontecesse. Ele não sabia se queria gritar com Hermione ou beijá-la de novo. Ambas as opções tinham seu encanto.
— Eu estou muito cansado, Hermione! — ele disse. — Eu só quero dormir!
— É por causa do que aconteceu hoje mais cedo? — ela perguntou. — Depois... depois do balaço? Porque eu não queria ficar brava com você por ter me beijado, Harry, na verdade…
Ela deu um passo para perto de Draco, seus olhos cheios de carinho.
Carinho por Harry.
Draco falou asperamente:
— Nem tudo é sobre você, Hermione! — ele gritou a plenos pulmões. — Nem TUDO é sobre você, Hermione!
Ele desceu as escadas, empurrou Hermione para abrir caminho e saiu pela passagem do quadro da Mulher Gorda.
♣♠♥♦
Depois da menção ao nome de Sirius, Harry sentiu seus joelhos ficarem fracos. Não mostre emoção, ele disse a si mesmo, não mostre emoção!
- Há muito tempo nós sabemos que ele é o padrinho do garoto — disse Macnair. — O problema foi achá-lo. Nós seguimos sua pista, na verdade Rabicho seguiu sua pista e isso foi um plano engenhoso dele. Ele lembrou-se de uma caverna que ele foi uma vez com Sirius quando criança, uma vez que ele visitou os Black. Ele voltou ao lugar e pôs uma praga de ligamento em Black…
— Entendi, Macnair! — disse Lúcio. — Onde eu entro nessa história?
Macnair parecia desapontado.
- Bem,_ ele disse hesitante -É realmente simples. Rabicho está trazendo Black da Cornualha amanhã, e nós precisamos de um lugar que sirva de cativeiro para ele, por uma noite ou duas, enquanto ele espera que o garoto venha. Nós não podemos deixar a praga de ligamento nele, ou ele irá morrer, e você tem os melhores calabouços que ninguém…
— Oh, obrigado! — disse Lúcio com um grande sarcasmo. — Bem, isso é um plano estúpido e muito óbvio, mas ainda é muito melhor do que qualquer outro de seus planos. Eu vou prendê-lo aqui. Eu não o vejo — ele sorriu friamente. — desde que estávamos na escola juntos. Será como uma reunião.
Ele e Macnair riram. Harry não riu. Ele sentiu-se como se fosse passar mal.
A porta abriu e uma alta, loura e esbelta mulher entrou. Ela não estava vestindo vestes, mas sim um longo vestido preto com uma abertura do lado. Harry a reconheceu imediatamente: ela era a mãe de Draco.
- Narcisa! — disse Lúcio. — Alguma coisa errada?
A mulher sorriu. Ela ficava muito bonita enquanto sorria. Harry lembrou dela da Copa Mundial de Quadribol e pensado que devia ser dela que Draco herdou sua pálida e bela aparência.
— Eu queria pegar Draco emprestado! — ela disse calmamente. — Eu não o vejo desde que você o trouxe para casa, Lúcio.
Lúcio Malfoy fez um movimento com sua mão.
- Claro, pode levá-lo!_ ele disse
Harry olhou para o pai de Draco. Ele queria desesperadamente ficar e escutar mais sobre Sirius.
- Mas eu..._ Harry começou
- Draco..._ a voz de Lúcio Malfoy parecia gelo - Vá com sua mãe.
Hesitante, Harry seguiu Narcissa Malfoy para fora do aposento, onde ele esperava que ela fosse tentar abraçá-lo ou beijá-lo ou pelo menos cumprimentá-lo de alguma forma. Mas ela nem abraçou-o, nem beijou-o e nem cumprimentou-o de alguma forma. Ela mal virou-se e começou a andar pelo corredor. Harry correu atrás dela, mantendo seus olhos bem abertos. Ele pensou que seria uma boa idéia decorar cada detalhe da Mansão Malfoy.
Narcisa parou num corredor cheio de retratos que mais pareciam um bando de bonecas vestidas com diferentes roupas coloridas. De repente, Harry deu-se conta de que essas fotos eram de Draco quando bebê e garotinho. Ele parou, achando engraçado.
— Oh! — disse Narcisa sorrindo. — Suas fotos quando bebê. Elas são lindas, não são?
Harry olhou do retrato no qual Draco tinha cerca de três anos, estava vestindo shorts cor-de-rosa e um gorro escocês, para outra, onde ele tinha cerca de cinco anos e estava todo vestido em insígnias reais da família Malfoy, incluindo uma capa preta e longas mechas louras encaracoladas que eram muito afeminadas. O Draco do retrato ficava tentando puxar o colarinho de suas vestes enfeitadas.
- Sim!_ disse Harry - Elas são lindas, sim.
Narcisa conduziu Harry até uma grande sala de jantar, passando por inúmeros corredores e fez um gesto para que ele se sentasse enquanto ela buscava comida para ele.
Harry sentou-se na enorme mesa de jantar sentindo-se muito pequeno. A mesa parecia esticar-se por quilômetros, e vazia, exceto por um grande candelabro de prata, que segurava sete velas verdes esculpidos na forma de lagartos. Haviam mais quadros horrorosos da família Malfoy na parede. Um característico bruxo mal olhava para Harry de seu quadro, fazendo um gesto ameaçador passando seu dedo pela garganta. Em outra parede, uma tapeçaria com o brasão da família Malfoy, que mostrava uma grande cobra verde se enroscando na letra M, enquanto no primeiro plano da figura de um homem encapuzado ria de modo abafado atrás de outro homem e o apunhalava nas costas. A frase em Latim "De Gustibus Non Disputandem" (o sabor não tem preço) estava em volta dos pés do homem que atacou. Harry não tinha idéia do que isso significava. Hermione devia saber, mas pensar em Hermione era muito doloroso.
Narcisa voltou à sala de jantar segurando uma bandeja de prata, onde havia um bule de chá, uma xícara, um jarro de leite, e um prato de biscoitos.
— Aqui está! — ela disse colocando a bandeja na mesa.
Ela sentou-se no lado oposto ao de Harry e o assistiu comer.
— Madame Pomfrey falou que você deve comer coisas leves por um dia mais ou menos — ela disse, assistindo-o por biscoitos na boca.
— Então, mãe — disse Harry querendo quebrar o silêncio embaraçoso. —, o que você anda fazendo?
— Eu tenho bordado um cobertor para você levar para a escola — ela disse ansiosamente. — Tem o lema da família em dourado, seu pai quem sugeriu. Ele disse que já era hora que você aprendesse isso de coração. Você quer vê-lo?
Harry não queria vê-lo, mas:
— Claro! — ele disse.
Ela saiu do aposento, e quase imediatamente voltou, carregando o que parecia um grande pedaço de veludo verde. Ela entregou-o a ele, e ele viu que haviam palavras bordadas em dourado na frente, que diziam:
“A punição leva ao medo. Medo leva à obediência. Obediência leva à liberdade. Portanto, punição é liberdade.”
Nesse momento, ficou claro para Harry porque Draco tinha aquela personalidade medonha.
— Uau — disse Harry num tom de voz desanimado. — É muito bonito, mãe. Eu aposto que todos os outros garotos vão querer ter um cobertor com um lema tão horrível quanto esse.
Por um momento, Harry achou que havia ido longe demais, mas Narcisa simplesmente sorriu pálida para ele e Harry desviou o olhar. Foi uma pena que ele fez isso, porque se ele tivesse olhado de volta para a mãe de Draco, perceberia que seus olhos estavam cheios de lágrimas.
A porta no final da sala abriu com uma pancada e Lúcio Malfoy e Macnair entraram a largos passos.
- Narcisa! — disse Lúcio asperamente. — Traga uma xícara de chá para Macnair, sim?
Narcisa obedeceu à ordem de seu marido, enquanto Macnair sentou-se na cadeira em que ela havia sentado-se.
— Então, Draco — ele disse num tom paterno. —, me lembro quando eu era um sonserino em Hogwarts e nos divertíamos muito. Aposto que você está sempre provocando tumulto, não é?
— Bem… — disse Harry. — Você sabe, nós estamos sempre ocupados tendo encontros de jovens Death Eaters, nós passamos muito tempo fazendo muitos outros alunos se sentirem mal sobre suas más condições financeiras e ruins posições sociais. Às vezes nós ficamos acordados durante toda a noite e tentamos fazer com que demônios atendam a nossos pedidos repugnantes, mas na maioria das vezes, nós somente pedimos pizza e arrancamos as asas de umas moscas.
Harry estava quase certo de que havia delirado, mas Macnair não parecia se importar.
— É um ótimo garoto que você tem aqui, Lúcio! — ele disse, virando-se para o pai de Draco. — Você deve estar orgulhos dele.
— Ele não era um bebê promissor — disse Lúcio sem um traço de emoção. - Fraco e enfermiço. Eu disse à minha mulher, que nos bons e velhos tempos dos Malfoy, uma criança como essa seria jogada num penhasco para morrer, mas ela insistiria em ficar com ele…
Macnair riu, mas Harry tinha quase certeza de que Lúcio Malfoy não estava brincando.
Narcisa chegou com a bandeja. Macnair chegou perto dela e disse:
— Desculpe, Narcisa, eu vou ter que tomar isso no caminho. Preciso ir! Negócios!
Macnair pegou a xícara da bandeja e piscou para o pai de Draco.
— Te vejo amanhã, Lúcio! — ele disse e desaparatou.
♠♣♦♥
Draco sentou-se na biblioteca escura com as mãos no rosto. Seus cotovelos estavam apoiados numa cópia aberta de Poções Muy Potentes, o que parecia irônico para ele, já que era por culpa de Poção Polissuco, em primeiro lugar, que ele estava nessa confusão.
Sua mente correu pelas opções, mas nenhuma delas parecia viável. Ele podia enviar uma coruja para seu pai, explicando o que havia acontecido, e no caso, Lúcio Malfoy ia descobrir que o garoto que estava em sua casa era Harry Potter, e iria matá-lo. Ele podia tentar desfazer o feitiço, mas isso transformaria Harry de volta em Harry, e Lúcio iria ver quem Harry era e iria matá-lo desse jeito também. Ele mesmo podia ir à Mansão Malfoy e tentar resgatar Harry, o que seria um ato corajoso e espetacular de várias formas, mas se seu pai o visse, ele ia pensar que Draco era Harry, e ele acabaria assassinado por seu próprio pai.
Não ocorreu a Draco ir a Dumbledore resolver esse problema. Ele ainda era um Malfoy.
A porta da biblioteca abriu-se e uma garota entrou segurando uma varinha.
Lumos — ela disse.
E o aposento repentinamente encheu-se de luz. Draco olhou para cima, piscando.
Era Cho Chang.
— Eu pensei que tinha me livrado de você no campo de Quadribol!
Longe de parecer ofendida, Cho sorriu.
— Isso foi antes de eu perceber que você só estava se fazendo de difícil! — ela disse.
— Então você veio aqui para ouvir mais insultos, não é? — disse Draco. — Mulheres!
— Eu estava me sentindo culpada! — disse Cho. — Pelo modo que eu te tratei. Dizer para você que você era muito novo para sair comigo e que seu cabelo era muito desarrumado, bem, isso não foi muito legal da minha parte.
— Está certo, você foi uma garota má — Draco concordou. — Talvez você devesse sair sozinha e pensar sobre o que você fez de errado. Demore o quanto quiser!
Cho aproximou-se e sentou-se do outro lado da mesa, encostando o topo de sua varinha suavemente pelo braço dele.
— Eu sei que você não queria dizer isso, Harry! — ela disse. — Você só está ferido e eu respeito isso.
Draco jogou suas mãos com desgosto.
— Olhe para você! — ele disse. - Eu aposto com você que Harry está correndo atrás de você há anos, carregando seus livros, te mandando flores, e tudo o que você fez foi ignorá-lo. Agora ele é um absoluto patife para você e de repente você não o deixa em paz!
Cho olhou para ele.
— Você notou que você está falando de si mesmo na terceira pessoa? — ela perguntou.
— Hã… — disse Draco.
— Com licença… — uma voz disse. Draco olhou para cima. Havia mais alguém na biblioteca com eles. — Eu espero não estar atrapalhando, mas…
Era Hermione.
— Você está atrapalhando! — disse Cho. — Agora vá embora!
— Não! — disse Draco. — Você não está atrapalhando nada. — Ele se levantou com tanta urgência que ele deixou uma pilha de livros cair no chão.
Cho olhou dele para Hermione e depois para ele de novo. Então ela gritou de raiva:
— Então é ela! — Cho berrou. — É por isso que você está me ignorando! Eu não acredito que você me trocou por essa... essa trouxa dentuça!
— Eu não sou dentuça! — disse Hermione, que tinha dentes totalmente normais desde seu quarto ano em Hogwarts, rispidamente.
— E ela não é uma trouxa! — gritou Draco. — E eu não te troquei. Nós nunca nem ficamos!
Cho olhou para ele.
— É por causa daquele negócio de que como você é o fabuloso Harry Potter, não tem tempo para mim? — ela perguntou asperamente.
— Não! — disse Draco. — É só porque você é realmente muito chata!
Cho pegou sua varinha e saiu correndo da biblioteca, batendo a porta com força atrás dela.
Draco virou-se nervosamente para Hermione.
— Ela só gosta muito de mim! — ele disse balançando os ombros. — Eu não posso explicar isso.
Ao invés de responder, Hermione aproximou-se dele, cruzou seus braços e olhou para ele.
Draco nunca foi olhado daquela forma antes. Era como se ela pudesse ver através de sua cabeça para atrás de seu crânio.
— Hermione, não! — ele gemeu antes que pudesse se impedir. — Olha, sinto muito pelo que eu disse antes.
— Você não... — Hermione começou.
Draco a interrompeu:
— Eu já disse que sinto muito, o que mais…
— Não! — disse Hermione asperamente, fazendo um gesto impaciente com as mãos.  — Eu não quis dizer que você não sente muito. Eu quis dizer que você não é... que você não é ele!
— Que eu não sou o quê?
— Não é Harry — disse Hermione. — Você não é Harry Potter!
Draco olhou para ela. Ele de repente sentiu-se muito cansado.
— Claro que eu não sou ele — ele disse. — Eu sou Draco Malfoy!

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